Ambientes Perfumados

Perfumaria artesanal, Só Aromas, vai mudar a performance e eficiência das fragrâncias para perfumação de ambientes.

Crie uma marca olfativa, (identidade olfativa). perfumando os seus vários ambientes: trabalho, casa, varandas, sala de estudos e lazer, estúdios, consultórios, carros, banheiros, lavabos, salão de festas e eventos, empresas, escritórios, salas comerciais, lojas, e outros.

A Perfumação de ambientes é um segmento muito especial. Seja com difusores de varetas e os home sprays, que se transformaram em objetos de luxo e decoração, ou com o Marketing olfativo, que cria uma identidade para os ambientes, esta categoria se consolidou na preferência do consumidor brasileiro.

A criação para estes produtos é muito inspiradora, pois eles devem trazer identidade aos mais diversos ambientes, sempre com a missão de proporcionar conforto e bem-estar.

Fragrâncias para ambientes: Velas, sprays, sachês e varetas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O "Perfume"



Perfume.
O dia esperado, enfim, chegou. Sendo um bom artesão e meticuloso engenheiro das essências, o artista já tinha tudo preparado em sua impro­visada oficina na gruta.
Levantou-se ainda de madrugada, aguardou o dia clarear e, no frescor dos primeiros raios de sol, recolheu cuidadosamente em sua cesta cada uma das raríssimas jóias que Deus havia criado.
Preparou então o perfume mais extraordinário que jamais havia feito. Para armazená-lo, encomendou o mais perfeito vaso de mármore e o selou de tal forma que pudes­se transportar o valioso tesouro de volta ao seu país. Era tão extraordinário aquele perfume que, mesmo contido no vaso de mármore maciço, exalava distintamente seu aroma.
No caminho, próximo à cidade de Betânia, o perfumis­ta passou por uma mulher que imedia­tamente se sentiu atraída pelo perfume exalado do vaso, que ele le­vava cuida­do­sa­men­te atado ao lombo do seu burrinho. Explicou ela que procurava algo especialíssimo para alguém que amava acima de tudo e de todos.
Tendo procurado por todos os mercados de Jerusalém, e ainda nas caravanas dos mercadores que cruzavam os desertos da Judéia, na­da havia encontrado que pudesse ser comparado àquele perfume. Pedia, portanto, veementemente, que lhe fizesse o preço que desejasse, para que ela pudesse presentear a quem tanto amava.
O homem explicou tudo quanto sucedera desde que deixara seu país em busca das raízes de aroma eterno, frisando que a raríssima planta nascia uma única vez por ano e, portanto, não teria nenhuma chance de retomar seu trabalho em curto prazo. Ao ouvir isso, a mulher respondeu:
— Se apenas uma vez por ano podes colher as preciosas raízes, pagarei de bom grado um ano de salário pelo perfume!
Desejava ela presentear alguém a quem realmente amava acima de tudo e de todos. Aquela disposição de pagar tão vultoso preço despertou no perfumista sua curiosidade, pois ela nem de longe parecia ser nobre ou rica. Certamente pretendia ela presentear algum juiz que a livrasse de ser condenada, ou algum imperador que lhe pudesse retribuir favores, concluiu o homem.
— Permita-me perguntar: a quem se destinará este presente, pelo qual pareces disposta a pagar muito mais que tuas posses permitem? Por acaso é um imperador, um juiz ou um general do exército, de quem necessitas de algum favor? — disse-lhe o perfumista.
Humildemente, ela respondeu:
— Não, senhor perfumista. Aquele a quem quero dar este presente não tem nenhum título; jamais viveu em castelos e nunca foi rico. Fazendo o bem e amando aos pobres, tornou-Se odiado pelos poderosos. Tem percorrido toda a nossa terra a curar os enfermos e a consolar os que choram. Nunca recebeu sequer um presente, e também nunca exigiu coisa alguma. Se vieres comigo, eu te mostrarei Aquele de quem falo.
Aquele gesto tocou o coração do velho perfumista. Ora, quem mais ele poderia encontrar que tivesse tamanho amor, a ponto de pagar o equivalente a um ano de salário para presentear alguém que não fosse importante para os homens?
Assim se foram pela estrada, caminhando e conversando, o perfumista e a mulher. Ao longo da viagem, o homem se maravilhava ouvindo as mais lindas histórias de amor.
A maneira pela qual a mulher falava contagiava seu coração.
Ao chegarem ao local onde estava Aquele de quem a mulher falara, o homem se juntou aos que O ouviam e percebeu que aquelas palavras eram de Deus.
Quando a mulher lhe solicitou que permitisse usar o perfume, ele imediatamente atendeu. Ela adentrou a casa decididamente e partiu o vaso de mármore, derramando o perfume sobre a Sua cabeça, espalhando no ar aquele aroma celestial.
O perfumista pôde perceber que comentários se seguiram e não entendeu alguns que conside­ravam o ato um desperdício, alegando que o perfume, se vendido, poderia angariar fundos para os pobres. Ouviu também o Mestre dizer-lhes:
— Por que vocês afligem esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim não me haveis de ter sempre.
Derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Em verdade vos digo que onde quer que este Evangelho seja pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.
O velho perfumista estava maravilhado; ele jamais ouvira ensinamentos tão belos. Adiou sua viagem e ficou hospedado na casa daquela mulher, chamada Maria.
Dois dias mais tarde, chorando, viu o Mestre ser crucificado no monte onde havia a gruta com forma de caveira, na qual, algum tempo antes, colhera as preciosas flores. O
corpo d’Ele estava terrivelmente machucado e com muito sangue, mas ainda assim era possível sentir o aroma do perfume, trazido pelo vento daquela tarde fria.
Lembrou-se então do que Ele dissera, que o gesto de Lhe ungir com o perfume seria pregado para sempre, e entendeu que seu sonho de obter o perfume de aroma eterno havia se realizado.
Esta lenda, meu amigo leitor, apenas nos traz outra vez o aroma daquele perfume. O aroma que lembra a incom­preensão daqueles que ainda criticam as ofertas que o povo de Deus traz ao Senhor Jesus; muito mais ainda lembra o gesto e o amor daqueles que não vêem preço para que nossas ofertas sejam, hoje, o perfume que prepara a ressurreição do nosso Senhor na vida daqueles que não O conhecem.
Autor: Bispo Marcelo Crivella